Da Redação
Duas reuniões do vereador Cláudio Rosa (PMDB), no ano passado, poderão custar caro para o parlamentar. Ele foi condenado pela Justiça Eleitoral à perda do mandato e, além de cassado, poderá ficar inelegível por oito anos. Isto é, se a sentença da juíza da 147ª Zona Eleitoral de Santa Maria, Karla Aveline de Oliveira, expedida na quinta-feira à tarde, for confirmada, Rosa será cassado e sua vaga ocupada pela primeira suplente da coligação PMDB/PR/PV/PSC, a ex-vereadora Anita Costa Beber (PR). Há, ainda, a possibilidade de a vaga ir para um suplente de outra coligação, caso os votos de Rosa sejam anulados, o que levaria a um novo cálculo de coeficiente eleitoral.
A ação foi movida pelo Ministério Público Eleitoral (MPE) por captação ilícita de sufrágio (obtenção ilegal de votos). Conforme o MPE, entre os meses de maio e junho , e entre 5 de julho e 7 de outubro do ano passado (período campanha eleitoral), mais precisamente em setembro, Rosa teria participado de uma reunião com moradores do Loteamento Cipriano da Rocha. No encontro, Rosa, candidato à reeleição, teria prometido a eleitores “bens e vantagens” para obter votos. Como o Cipriano da Rocha é um condomínio residencial construído com recursos públicos (financiando pelo Programa de Aceleração do Crescimento-PAC), o vereador não poderia ter se reunido com os moradores para prometer soluções, entre elas a regularização de imóveis invadidos em fevereiro de 2012, quando 12 famílias não contempladas ocuparam casas vagas.
Segundo o MPE, o peemedebista teria dito que usaria sua condição de vereador do governo para, depois das eleições, intervir junto à Prefeitura para regularizar a posse dos imóveis.Em troca, Rosa teria pedido que os moradores votassem nele e colocassem placas de propaganda eleitoral nas casas.
“Diante da promessa de regularização da permanência dos invasores nas casas, vários deles votaram no ora representado, o qual, inclusive, mandou SMS para os telefones celulares de alguns desses moradores, com a seguinte mensagem: ‘Conto com vcs dia 7 votem 15630′”, narra a denúncia do Ministério Público, que também anexou fotografias como provas.
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