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Cada vez que ponho uma máscara para esconder minha realidade, fingindo ser o que não sou, fingindo não ser o que sou, faço-o para atrair o outro e logo descubro que só atraio a outros mascarados distanciando-se dos outros devido a um estorvo: a máscara.
Faço-o para evitar que os outros vejam minhas debilidades e logo descubro que, ao não verem minha humanidade, os outros não podem me querer pelo que sou, senão pela máscara.
Faço-o para preservar minhas amizades e logo descubro que, quando perco um amigo, por ter sido autêntico, realmente não era meu amigo, e, sim, da máscara.
Faço-o para evitar ofender alguém e ser diplomático e logo descubro que aquilo que mais ofende às pessoas, das quais quero ser mais íntimo, é a máscara.
Faço-o convencido de que é o melhor que posso fazer para ser amado e logo descubro o triste paradoxo: o que mais desejo obter com minhas máscaras é, precisamente, o que não consigo com elas.
Infelizmente, vivemos em uma sociedade em que as pessoas trocam de máscaras a toda hora. É uma máscara para o trabalho, outra na família, uma terceira na igreja, outra com os amigos. E estas máscaras demonstram a fragilidade dos relacionamentos que temos, relacionamentos artificiais, sem profundidade.
E, em determinadas situações, as máscaras caem e não há como reavê-las. Quando isto acontece, há uma quebra de confiança, uma verdadeira frustração.
Não podemos acusar outros de usar máscaras, pois todos nós as utilizamos em maior ou menor escala.
Em todos os ambientes em que nos movemos deveríamos nos apresentar com simplicidade, sendo autenticamente nós mesmos.
Porém, sem deixar de sermos quem somos, cada dia podemos nos esforçar por dar o máximo que pudermos para tornar mais agradável o convívio com os demais. Sem máscara!
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